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<!DOCTYPE HTML> <html lang="pt-PT"> <head> <title> O Comércio Tradicional do Porto por dentro - JPN</title> <meta charset="utf-8"> <meta name="description" content="O Comércio Tradicional do Porto por dentro"> <meta name="apple-mobile-web-app-capable" content="yes"> <meta name="apple-touch-fullscreen" content="yes"> <meta http-equiv="X-UA-Compatible" content="IE=edge,chrome=1"> <meta name="viewport" content="target-densitydpi=device-dpi, width=device-width, initial-scale=1.0, maximum-scale=1.0, minimum-scale=1.0, user-scalable=no, minimal-ui" /> <style> @-ms-viewport { width: device-width; } </style> <link rel="stylesheet" href="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/assets/css/main.css" /> <link rel="stylesheet" href="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/assets/css/slick-theme.css" />  <link rel="pingback" href="https://www.jpn.up.pt/xmlrpc.php"> <link rel="alternate" type="application/rss+xml" title="RSS 2.0" href="https://www.jpn.up.pt/feed/" /> <link rel="alternate" type="application/atom+xml" title="Atom" href="https://www.jpn.up.pt/feed/atom/" />  <title>O Comércio Tradicional do Porto por dentro</title> <meta name="description" content="Têm portas abertas há décadas. Os clientes passam, e elas ficam. Há os fiéis, os eventuais e os assim-assim. Os produtos são variados. A qualidade uma imagem de marca. No Porto, ainda há comércio tradicional. Como são as lojas por dentro? Que futuro aguardam? Que passado lembram? Nesta reportagem multimédia, o JPN abre uma nova porta sobre 10 espaços comerciais da cidade. Locais onde a tradição ainda é a alma do negócio."/> <meta name="robots" content="noodp"/> <link rel="canonical" href="https://jpn.up.pt/2017/07/19/comercio-tradicional-do-porto/" /> <meta property="og:locale" content="pt_PT" /> <meta property="og:type" content="article" /> <meta property="og:title" content="O Comércio Tradicional do Porto por dentro" /> <meta property="og:description" content="Têm portas abertas há décadas. Os clientes passam, e elas ficam. Há os fiéis, os eventuais e os assim-assim. Os produtos são variados. A qualidade uma imagem de marca. No Porto, ainda há comércio tradicional. Como são as lojas por dentro? 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A qualidade uma imagem de marca. No Porto, ainda há comércio tradicional. Como são as lojas por dentro? Que futuro aguardam? Que passado lembram? Nesta reportagem multimédia, o JPN abre uma nova porta sobre 10 espaços comerciais da cidade. Locais onde a tradição ainda é a alma do negócio." /> <meta name="twitter:title" content="O Comércio Tradicional do Porto por dentro" /> <meta name="twitter:image" content="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/share_fb.jpg" /> <link rel="alternate" type="application/rss+xml" title="JPN - JornalismoPortoNet » Feed" href="https://jpn.up.pt/feed/" /> <link rel="alternate" type="application/rss+xml" title="JPN - JornalismoPortoNet » Feed de comentários" href="https://jpn.up.pt/comments/feed/" />    <link rel="stylesheet" href="https://maxcdn.bootstrapcdn.com/font-awesome/4.6.1/css/font-awesome.min.css"> <script src="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/assets/js/jquery.min.js"></script> <script type='text/javascript' src='https://jpn.up.pt/wp-content/themes/jpnv03/assets/js/retina.min.js'></script> <link rel='https://api.w.org/' href='https://jpn.up.pt/wp-json/' /> <link rel="alternate" type="application/json+oembed" href="https://jpn.up.pt/wp-json/oembed/1.0/embed?url=https%3A%2F%2Fjpn.up.pt%2F2016%2F06%2F03%2Fas-o-comercio-tradicional-por-dentro%2F" /> <link rel="alternate" type="text/xml+oembed" href="https://jpn.up.pt/wp-json/oembed/1.0/embed?url=https%3A%2F%2Fjpn.up.pt%2F2016%2F06%2F03%2Fas-o-comercio-tradicional-por-dentro%2F&format=xml" /> <link rel="apple-touch-icon-precomposed" sizes="57x57" href="https://jpn.up.pt/wp-content/uploads/2016/05/iphone_icon.png" /> <link rel="apple-touch-icon-precomposed" sizes="72x72" href="https://jpn.up.pt/wp-content/uploads/2016/05/ipad_icon.png" /> <link rel="apple-touch-icon-precomposed" sizes="144x144" href="https://jpn.up.pt/wp-content/uploads/2016/05/ipad_retina.png" /> <link rel="icon" href="https://jpn.up.pt/wp-content/uploads/2016/05/favicon.png" /> </head> <body>  <div id="wrapper"> <div id="preloader"> <h1>O Comércio Tradicional do Porto<br /> por dentro</h1> <img src="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/Spin.gif" alt="preloader" /> <div id="status">A carregar </div> </div>  <header id="header"> <div class="content"> <div class="inner"> <h1>O Comércio Tradicional do Porto<br /> por dentro</h1> <p>Têm portas abertas há décadas. Os clientes passam, e elas ficam. Há os fiéis, os eventuais e os assim-assim. Os produtos são variados. A qualidade uma imagem de marca. No Porto, ainda há comércio tradicional. Como são as lojas por dentro? Que futuro aguardam? Que passado lembram? Nesta reportagem multimédia, o JPN abre uma nova porta sobre 10 espaços comerciais da cidade. Locais onde a tradição ainda é a alma do negócio.</p> </div>  </div> <nav> <ul> <li><a href="#mapa">Começar</a></li> </ul> </nav> </header>  <div id="main">  <article id="mapa"> <a href="#" class="cd-nav-trigger">Menu<span></span></a> <div id="map"></div> <div id="cd-zoom-in"></div> <div id="cd-zoom-out"></div> </article> <article id="panos"> <a href="#" class="cd-nav-trigger">Menu<span></span></a> <a href="#mapa" class="cd-nav-map">Menu<span></span></a> <a href="#sound" class="cd-nav-audio">Menu<span></span></a> <div id="toggleDeviceOrientation"> <img class="enable" src="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/gyro.png"> <img class="disable" src="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/gyro_disable.png"> </div> </article> <article id="januario"> <div id="januario-popup" class="popup-content"> <a class="januario-popup_close overlay-close" href="#">X</a> <h2>Casa Januário</h2> <div class="shop-audio-player"> <h3>Entrevista a Nuno Torgal, proprietário.</h3> <audio id="januario-player" class="entrevista-player" controls> <source src="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/audio/januario-entrevista.mp3" type="audio/mpeg"> Your browser does not support the audio element. </audio> </div> <div class="januario-slider image-slider"> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/januario/00.jpg" alt="Casa Januário" /></div> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/januario/01.jpg" alt="Casa Januário" /></div> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/januario/02.jpg" alt="Casa Januário" /></div> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/januario/03.jpg" alt="Casa Januário" /></div> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/januario/04.jpg" alt="Casa Januário" /></div> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/januario/05.jpg" alt="Casa Januário" /></div> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/januario/06.jpg" alt="Casa Januário" /></div> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/januario/07.jpg" alt="Casa Januário" /></div> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/januario/08.jpg" alt="Casa Januário" /></div> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/januario/09.jpg" alt="Casa Januário" /></div> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/januario/10.jpg" alt="Casa Januário" /></div> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/januario/11.jpg" alt="Casa Januário" /></div> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/januario/12.jpg" alt="Casa Januário" /></div> </div> <div class="info-shop"> <div class="info-shop-text"> <p>Uma mercearia de sabor tradicional que desafia o tempo há 91 anos. O colorido dos frutos secos e o alinhar de farinhas, açúcares e chocolates pedem que se encha o cesto. A “Casa Januário” é um orgulho de família.</p> <p>Antes era tudo pedido ao balcão, onde o atendimento é a alma do negócio. Mas Nuno Torgal, o neto que deixa agora a marca da sua geração, continua a alimentar a “semente que foi crescendo” consigo.</p> <p>Agora percorre-se a loja e apura-se os sentidos, com uma qualidade que já há muito que conquistou os portuenses.</p> <p>A clássica mercearia, situada na Rua do Bonjardim, ali bem perto da Trindade, é paragem obrigatória para quem se quer perder entre cafés e vinhos, chás e especiarias, doces e compotas ou vinagres e conservas.</p> <p>Mas não só. As características igrejas, coches ou flores que se formam em açúcar surgem quando ainda nem se ligava à decoração de bolos. Hoje, são uma referência para quem aprecia a arte da pastelaria e não dispensa a variedade de ingredientes e apetrechos que dão vida a estas prateleiras.</p> </div> </div> </div> </article> <article id="escovaria"> <div id="escovaria-popup" class="popup-content"> <a class="escovaria-popup_close overlay-close" href="#">X</a> <h2>Escovaria de Belomonte</h2> <div class="shop-audio-player"> <h3>Entrevista a Rui Rodrigues, proprietário.</h3> <audio id="escovaria-player" class="entrevista-player" controls> <source src="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/audio/escovaria-entrevista.mp3" type="audio/mpeg"> Your browser does not support the audio element. </audio> </div> <div class="escovaria-slider image-slider"> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/escovaria/00.jpg" alt="Escovaria de Belomonte" /></div> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/escovaria/01.jpg" alt="Escovaria de Belomonte" /></div> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/escovaria/02.jpg" alt="Escovaria de Belomonte" /></div> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/escovaria/03.jpg" alt="Escovaria de Belomonte" /></div> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/escovaria/04.jpg" alt="Escovaria de Belomonte" /></div> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/escovaria/05.jpg" alt="Escovaria de Belomonte" /></div> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/escovaria/06.jpg" alt="Escovaria de Belomonte" /></div> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/escovaria/07.jpg" alt="Escovaria de Belomonte" /></div> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/escovaria/08.jpg" alt="Escovaria de Belomonte" /></div> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/escovaria/09.jpg" alt="Escovaria de Belomonte" /></div> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/escovaria/10.jpg" alt="Escovaria de Belomonte" /></div> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/escovaria/11.jpg" alt="Escovaria de Belomonte" /></div> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/escovaria/12.jpg" alt="Escovaria de Belomonte" /></div> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/escovaria/13.jpg" alt="Escovaria de Belomonte" /></div> </div> <div class="info-shop"> <div class="info-shop-text"> <p>A pequena oficina onde a arte da escovaria acontece todos os dias está situada na porta número 34 da Rua do Belomonte. A escovaria existe desde 1927, altura em que o avô da mulher de Rui Rodrigues, atual proprietário, iniciou o negócio em Massarelos.</p> <p>O ambiente é mesmo de oficina. Quem entra na loja, vê paredes em pedra, já antigas, e máquinas de lixar madeiras, de cortar pelo e de colar madeira.</p> <p>A Fatinha, funcionária da loja há quase 40 anos, tem a sensibilidade para fazer escovas à mão como ninguém tem, já que a “Escovaria do Belomonte” é única na Península Ibérica a trabalhar a escovaria de forma tradicional. Antigamente era comum ver-se este ramo de negócio, mas nos dias que correm, tornou-se peculiar.</p> <p>Rui Rodrigues não nega que já vendeu mais e que o protagonismo da vizinha Rua das Flores veio tirar algum movimento à escovaria.</p> </div> </div> </div> </article>  <article id="perola"> <div id="perola-popup" class="popup-content"> <a class="perola-popup_close overlay-close" href="#">X</a> <h2>Pérola do Bolhão</h2> <div class="shop-audio-player"> <h3>Entrevista a António Reis, proprietário.</h3> <audio id="perola-player" class="entrevista-player" controls> <source src="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/audio/perola-entrevista.mp3" type="audio/mpeg"> Your browser does not support the audio element. </audio> </div> <div class="perola-slider image-slider"> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/perola/00.jpg" alt="Pérola do bolhão" /></div> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/perola/01.jpg" alt="Pérola do bolhão" /></div> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/perola/02.jpg" alt="Pérola do bolhão" /></div> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/perola/03.jpg" alt="Pérola do bolhão" /></div> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/perola/04.jpg" alt="Pérola do bolhão" /></div> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/perola/05.jpg" alt="Pérola do bolhão" /></div> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/perola/06.jpg" alt="Pérola do bolhão" /></div> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/perola/07.jpg" alt="Pérola do bolhão" /></div> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/perola/08.jpg" alt="Pérola do bolhão" /></div> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/perola/09.jpg" alt="Pérola do bolhão" /></div> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/perola/10.jpg" alt="Pérola do bolhão" /></div> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/perola/11.jpg" alt="Pérola do bolhão" /></div> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/perola/12.jpg" alt="Pérola do bolhão" /></div> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/perola/13.jpg" alt="Pérola do bolhão" /></div> </div> <div class="info-shop"> <div class="info-shop-text"> <p>A fachada imponente e vistosa convida a espreitar para o interior. A simplicidade do espaço acolhe bem e a palete de cores das garrafas, embalagens, frutos secos e enchidos agarram quem entra. A “Pérola do Bolhão” é uma pérola do Porto.</p> <p>A loja não mudou muito desde a abertura em 1917 na Rua Formosa. O teto e o chão são os mesmos, a fachada ninguém lhe mexeu. Só os lotes são agora um pouco diferentes: do lado esquerdo carnes de porco, arroz e produtos mais diários, do lado direito frutas secas e sementes.</p> <p>A receita para o sucesso não foi alterada desde o início desta história e o que “os fregueses exigem” não é mais nem menos do que bons preços, lotes arrumados e “mercadoria marcada para não dizer que [o cliente] é levado”.</p> <p>António Reis é responsável pelo negócio que o pai começou. E “para já é para continuar”, com o filho, também António, que “está com intenções de ficar”. “Em relação a outras profissões, esta ainda não é das piores”, diz António Reis.</p> <p>A clientela é como família, António conhece todos. Passam por lá várias gerações, e mesmo com a concorrência dos comerciantes vizinhos e dos supermercados, nunca esteve para fechar.</p> <p>“Espanhóis é aos montes e levam sempre” e não é como antigamente, quando “só queriam coisas baratas”. António não faz diferença, o tratamento é igual para os portuenses e para os que vêm de fora.</p> </div> </div> </div> </article>  <article id="comer"> <div id="comer-popup" class="popup-content"> <a class="comer-popup_close overlay-close" href="#">X</a> <h2>Comer e chorar por mais</h2> <div class="shop-audio-player"> <h3>Entrevista a Fernando Barandas, proprietário.</h3> <audio id="comer-player" class="entrevista-player" controls> <source src="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/audio/comer-entrevista.mp3" type="audio/mpeg"> Your browser does not support the audio element. </audio> </div> <div class="comer-slider image-slider"> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/comer/00.jpg" alt="Comer e chorar por mais" /></div> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/comer/01.jpg" alt="Comer e chorar por mais" /></div> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/comer/02.jpg" alt="Comer e chorar por mais" /></div> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/comer/03.jpg" alt="Comer e chorar por mais" /></div> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/comer/04.jpg" alt="Comer e chorar por mais" /></div> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/comer/05.jpg" alt="Comer e chorar por mais" /></div> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/comer/06.jpg" alt="Comer e chorar por mais" /></div> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/comer/07.jpg" alt="Comer e chorar por mais" /></div> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/comer/09.jpg" alt="Comer e chorar por mais" /></div> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/comer/08.jpg" alt="Comer e chorar por mais" /></div> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/comer/10.jpg" alt="Comer e chorar por mais" /></div> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/comer/11.jpg" alt="Comer e chorar por mais" /></div> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/comer/12.jpg" alt="Comer e chorar por mais" /></div> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/comer/13.jpg" alt="Comer e chorar por mais" /></div> </div> <div class="info-shop"> <div class="info-shop-text"> <p>Bem perto do Mercado do Bolhão há uma loja onde os fumeiros, os queijos e os folares criam um ambiente de cheiros fortes, tradicionais e bem portugueses. Reza a lenda que quem come do que lá há, fica a chorar por mais.</p> <p>É desde 19 de outubro de 1916 que a “Comer e chorar por mais” faz crescer água na boca a muitos portuenses.</p> <p>À segunda-feira, os produtos frescos chegam de Vinhais, à terça-feira de Bragança, à quarta-feira de Mirandela, à quinta-feira de Foz Côa. Preparar a chegada dos fornecedores diários, desenvolver produtos exclusivos e ir ao encontro do melhor que se faz em Portugal. Estas são as aventuras que preenchem os dias de Fernando Barandas.</p> <p>Fernando Barandas, com o “B” à moda do Porto, é a terceira geração da família a cuidar do negócio e já o faz, a tempo inteiro, há 10 anos.</p> <p>“É um espírito da casa” a relação próxima com os clientes diários. Para além desses, o aumento do turismo na cidade tem trazido mais gente ao número 300 da Rua Formosa. Mas “hoje em dia o turismo não é bem como antigamente”: não se olha apenas aos museus e aos monumentos, mas prova-se os sabores e experimenta-se a essência. Assim, voam as conservas e os enchidos para fora da loja e viajam até destinos estrangeiros. <p>“A loja afirma-se no mercado”, diz Fernando Barandas com grande satisfação, mas tal não acontece com todo o comércio tradicional do Porto. “Está a desaparecer”.</p> <p>As rendas são o calcanhar de aquiles que o comerciante aponta. Não tem “essa espada apontada ao peito” porque o edifício é da família, mas não esquece os que, com margens reduzidas de lucro que estes produtos acarretam, lutam diariamente para manter portas abertas.</p> </div> </div> </div> </article> <article id="ferragens"> <div id="ferragens-popup" class="popup-content"> <a class="ferragens-popup_close overlay-close" href="#">X</a> <h2>Ferragens Rocha & Leitão</h2> <div class="shop-audio-player"> <h3>Entrevista a José Rocha, proprietário.</h3> <audio id="ferragens-player" class="entrevista-player" controls> <source src="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/audio/ferragens-entrevista.mp3" type="audio/mpeg"> Your browser does not support the audio element. </audio> </div> <div class="ferragens-slider image-slider"> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/ferragens/00.jpg" alt="Ferragens Rocha&Leitão" /></div> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/ferragens/01.jpg" alt="Ferragens Rocha&Leitão" /></div> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/ferragens/02.jpg" alt="Ferragens Rocha&Leitão" /></div> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/ferragens/03.jpg" alt="Ferragens Rocha&Leitão" /></div> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/ferragens/04.jpg" alt="Ferragens Rocha&Leitão" /></div> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/ferragens/05.jpg" alt="Ferragens Rocha&Leitão" /></div> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/ferragens/06.jpg" alt="Ferragens Rocha&Leitão" /></div> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/ferragens/07.jpg" alt="Ferragens Rocha&Leitão" /></div> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/ferragens/08.jpg" alt="Ferragens Rocha&Leitão" /></div> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/ferragens/09.jpg" alt="Ferragens Rocha&Leitão" /></div> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/ferragens/10.jpg" alt="Ferragens Rocha&Leitão" /></div> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/ferragens/11.jpg" alt="Ferragens Rocha&Leitão" /></div> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/ferragens/12.jpg" alt="Ferragens Rocha&Leitão" /></div> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/ferragens/13.jpg" alt="Ferragens Rocha&Leitão" /></div> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/ferragens/14.jpg" alt="Ferragens Rocha&Leitão" /></div> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/ferragens/15.jpg" alt="Ferragens Rocha&Leitão" /></div> </div> <div class="info-shop"> <div class="info-shop-text"> <p>A loja da Rua do Almada já conta com 35 anos de vida. É no número 155, onde entre pregos, parafusos e maçanetas José Rocha trabalha todos os dias. Já são 22 anos atrás do balcão a receber os clientes na “Rocha&Leitão”. A diversidade de produtos e a qualidade é o que o proprietário mais destaca da sua loja. Na “Rocha&Leitão” prevalece a prioridade de colocar novos produtos no mercado e a prioridade de se adaptarem aos novos tempos.</p> <p>José Rocha admite que, provavelmente, nenhuma das suas filhas irá querer continuar o negócio, mas confessa que gostava que perdurasse: “no fundo, isto é um filho nosso. Estou todos os dias aqui a criar, a manter, a educar”.</p> </div> </div> </div> </article> <article id="camisaria"> <div id="camisaria-popup" class="popup-content"> <a class="camisaria-popup_close overlay-close" href="#">X</a> <h2>Camisaria Porto</h2> <div class="shop-audio-player"> <h3>Entrevista a Aida Moreira, proprietária.</h3> <audio id="camisaria-player" class="entrevista-player" controls> <source src="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/audio/camisaria-entrevista.mp3" type="audio/mpeg"> Your browser does not support the audio element. </audio> </div> <div class="camisaria-slider image-slider"> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/camisaria/00.jpg" alt="Camisaria Porto" /></div> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/camisaria/01.jpg" alt="Camisaria Porto" /></div> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/camisaria/02.jpg" alt="Camisaria Porto" /></div> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/camisaria/03.jpg" alt="Camisaria Porto" /></div> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/camisaria/04.jpg" alt="Camisaria Porto" /></div> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/camisaria/05.jpg" alt="Camisaria Porto" /></div> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/camisaria/06.jpg" alt="Camisaria Porto" /></div> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/camisaria/07.jpg" alt="Camisaria Porto" /></div> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/camisaria/08.jpg" alt="Camisaria Porto" /></div> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/camisaria/09.jpg" alt="Camisaria Porto" /></div> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/camisaria/10.jpg" alt="Camisaria Porto" /></div> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/camisaria/11.jpg" alt="Camisaria Porto" /></div> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/camisaria/12.jpg" alt="Camisaria Porto" /></div> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/camisaria/13.jpg" alt="Camisaria Porto" /></div> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/camisaria/14.jpg" alt="Camisaria Porto" /></div> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/camisaria/15.jpg" alt="Camisaria Porto" /></div> </div> <div class="info-shop"> <div class="info-shop-text"> <p>Há 103 anos que se vendem camisas no número 111 da Rua Sá da Bandeira. As gravatas e os lenços acompanham, mas tudo o que lá se encontra tem uma particularidade: é produto português.</p> <p>Começou como “Camisaria Gomes”, mas hoje é conhecida como “Camisaria Porto”. Não é negócio de família, mas quem toma conta e faz companhia às camisas desde 1985 é Aida Moreira. Não consegue estar em casa sem fazer nada e trabalha por gosto.</p> <p>A amizade dita a relação com os clientes e os momentos caricatos são tantos que não consegue escolher um. A variedade da oferta e o atendimento prende-os, “ainda há muita gente que gosta de vir à cidade do Porto fazer as compras”, mas já foram muitos mais os clientes, “quatro ou cinco ou seis vezes mais”. Para o turista vende-se de vez em quando.</p> <p>Aida vê como “têm fechado muitas” lojas de comércio tradicional e lamenta que o Porto tenha ficado “vazio de público”, reparando que as ruas se enchem à base de turistas. Quem vem procura os restaurantes, os bares, a noite e as recordações. “Nos outros setores, não é assim”.</p> </div> </div> </div> </article> <article id="horticola"> <div id="horticola-popup" class="popup-content"> <a class="horticola-popup_close overlay-close" href="#">X</a> <h2>Casa Hortícola</h2> <div class="shop-audio-player"> <h3>Entrevista a António Ferreira de Sousa, proprietário.</h3> <audio id="horticola-player" class="entrevista-player" controls> <source src="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/audio/horticola-entrevista.mp3" type="audio/mpeg"> Your browser does not support the audio element. </audio> </div> <div class="horticola-slider image-slider"> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/horticola/00.jpg" alt="Casa Hortícola" /></div> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/horticola/01.jpg" alt="Casa Hortícola" /></div> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/horticola/02.jpg" alt="Casa Hortícola" /></div> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/horticola/03.jpg" alt="Casa Hortícola" /></div> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/horticola/04.jpg" alt="Casa Hortícola" /></div> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/horticola/05.jpg" alt="Casa Hortícola" /></div> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/horticola/06.jpg" alt="Casa Hortícola" /></div> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/horticola/07.jpg" alt="Casa Hortícola" /></div> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/horticola/08.jpg" alt="Casa Hortícola" /></div> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/horticola/09.jpg" alt="Casa Hortícola" /></div> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/horticola/10.jpg" alt="Casa Hortícola" /></div> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/horticola/11.jpg" alt="Casa Hortícola" /></div> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/horticola/12.jpg" alt="Casa Hortícola" /></div> </div> <div class="info-shop"> <div class="info-shop-text"> <p>É desde 1921 que no número 304 da Rua de Sá da Bandeira se vendem sementes e bolbos, se semeiam anos de trabalho e se colhem anos de muitas histórias.</p> <p>A “Casa Hortícola”, instalada no lugar da antiga Salsicharia Internacional, coleciona clientes muito antigos. Alguns vinham com os pais ainda pequenos. A tradição de se comprar sementes na Casa Hortícola passou de geração para geração e ficaram, também, os conselhos sábios de quem percebe de botânica e de quem está atrás do balcão há 68 anos. Chama-se António Ferreira de Sousa, entrou como empregado mas acabou por tomar conta da loja.</p> <p>É dos clientes fiéis que o negócio vive porque “nada era como antigamente”: os supermercados apareceram, são cada vez mais as lojas que também se dedicam ao comércio de artigos de botânica e já não há muitas pessoas que vêm, propositadamente, de fora, para comprarem na Casa Hortícola. Mas a loja, localizada na Baixa e já quase centenária, conserva as pedras do balcão, o lavatório e os azulejos. É um lugar de muito encanto. Os turistas insistem em fotografá-la de alto a baixo mas, a mais das vezes, saem de mãos vazias. Para o proprietário, os muitos turistas que invadem o Porto, apesar de não serem compradores frequentes da sua loja, animam a cidade e o comércio, “e se não animam o comércio, animam as ruas, animam tudo”.</p> </div> </div> </div> </article> <article id="academica"> <div id="academica-popup" class="popup-content"> <a class="academica-popup_close overlay-close" href="#">X</a> <h2>Livraria Académica</h2> <div class="shop-audio-player"> <h3>Entrevista a Nuno Cadavez, proprietário.</h3> <audio id="academica-player" class="entrevista-player" controls> <source src="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/audio/academica-entrevista.mp3" type="audio/mpeg"> Your browser does not support the audio element. </audio> </div> <div class="academica-slider image-slider"> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/academica/00.jpg" alt="Livraria Académica" /></div> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/academica/01.jpg" alt="Livraria Académica" /></div> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/academica/02.jpg" alt="Livraria Académica" /></div> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/academica/03.jpg" alt="Livraria Académica" /></div> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/academica/04.jpg" alt="Livraria Académica" /></div> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/academica/05.jpg" alt="Livraria Académica" /></div> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/academica/06.jpg" alt="Livraria Académica" /></div> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/academica/07.jpg" alt="Livraria Académica" /></div> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/academica/08.jpg" alt="Livraria Académica" /></div> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/academica/09.jpg" alt="Livraria Académica" /></div> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/academica/10.jpg" alt="Livraria Académica" /></div> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/academica/11.jpg" alt="Livraria Académica" /></div> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/academica/12.jpg" alt="Livraria Académica" /></div> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/academica/13.jpg" alt="Livraria Académica" /></div> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/academica/14.jpg" alt="Livraria Académica" /></div> </div> <div class="info-shop"> <div class="info-shop-text"> <p>A porta número 10 da Rua das Oliveiras, sempre com as flores à janela, está todos os dias aberta para quem queira mergulhar entre linhas.</p> <p>Já conta 105 anos a colecionar histórias entre primeiras edições, capas ilustradas e dedicatórias dos próprios autores.</p> <p>Bibliófilos, colecionadores ou quem simplesmente por ali passeia e entra na Livraria Académica, a paixão é a mesma: os livros.</p> <p>“Desde que a gente os tenha na mão”, tudo parece bem para Nuno Cadavez. O proprietário da Livraria Académica garante que não se encontra “este cenário” em mais lado nenhum da cidade. E não é difícil acreditar.</p> <p>São milhares de livros que nos envolvem no seu cheiro e deixam a vontade de os folhear. Mas nestes “tempos dificílimos”, nem sempre saem da prateleira.</p> <p>Apesar das edições mais raras que obrigam a números menos simpáticos, há palavras que não têm preço. É possível descobrir a caligrafia de Eugénio de Andrade entre as folhas amareladas que preenchem dois andares de livros. Desde os cinco aos 500 euros, a oferta “não é vulgar” e já ajudou estudantes que não viam o dinheiro sobrar ao fim do mês. Porque mesmo nos meses difíceis, no final das contas o que importa é “o culto pelo livro”.</p> </div> </div> </div> </article> <article id="crocodilo"> <div id="crocodilo-popup" class="popup-content"> <a class="crocodilo-popup_close overlay-close" href="#">X</a> <h2>Casa Crocodilo</h2> <div class="shop-audio-player"> <h3>Entrevista a Guilherme Coutinho, proprietário.</h3> <audio id="crocodilo-player" class="entrevista-player" controls> <source src="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/audio/crocodilo-entrevista.mp3" type="audio/mpeg"> Your browser does not support the audio element. </audio> </div> <div class="crocodilo-slider image-slider"> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/crocodilo/00.jpg" alt="Casa Crocodilo" /></div> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/crocodilo/01.jpg" alt="Casa Crocodilo" /></div> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/crocodilo/02.jpg" alt="Casa Crocodilo" /></div> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/crocodilo/03.jpg" alt="Casa Crocodilo" /></div> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/crocodilo/04.jpg" alt="Casa Crocodilo" /></div> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/crocodilo/05.jpg" alt="Casa Crocodilo" /></div> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/crocodilo/06.jpg" alt="Casa Crocodilo" /></div> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/crocodilo/07.jpg" alt="Casa Crocodilo" /></div> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/crocodilo/08.jpg" alt="Casa Crocodilo" /></div> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/crocodilo/09.jpg" alt="Casa Crocodilo" /></div> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/crocodilo/10.jpg" alt="Casa Crocodilo" /></div> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/crocodilo/11.jpg" alt="Casa Crocodilo" /></div> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/crocodilo/12.jpg" alt="Casa Crocodilo" /></div> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/crocodilo/13.jpg" alt="Casa Crocodilo" /></div> </div> <div class="info-shop"> <div class="info-shop-text"> <p>Foi em 1948 que a “Casa Crocodilo” nasceu na Rua Chã e é, provavelmente, a loja mais antiga de solas e cabedais em toda a cidade do Porto. Inicialmente, o negócio pertencia ao pai do atual proprietário, Guilherme Coutinho, que, mais tarde quis seguir o negócio de família e substituiu o pai.</p> <p>Guilherme Coutinho trabalha na “Casa Crocodilo” desde os 11 anos. Optou por estudar de noite na Escola Comercial de Oliveira Martins para poder ajudar o pai no negócio. Dentro ou fora da família, para o dono da loja o mais importante é que alguém queira continuar e que a Casa Crocodilo não feche.</p> <p>A relação com os clientes é de amizade, assim como com alguns dos fornecedores. A clientela já foi maior, numa altura em que a “Casa Crocodilo” vendia peles para estofos em grandes quantidades. Mas “o cheirinho do couro” ainda atrai muitos portuenses e turistas à casa. Os turistas que param no estabelecimento, geralmente, sabem o que querem, porque são objetos que não existem nos seus países, como os sapatinhos de pelo, os porta moedas em forma de tacão e também porque são produtos artesanais, como há poucos na cidade.</p> </div> </div> </div> </article> <article id="japao"> <div id="japao-popup" class="popup-content"> <a class="japao-popup_close overlay-close" href="#">X</a> <h2>Pretinho do Japão</h2> <div class="shop-audio-player"> <h3>Entrevista a Maria Fernanda Maia.</h3> <audio id="japao-player" class="entrevista-player" controls> <source src="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/audio/japao-entrevista.mp3" type="audio/mpeg"> Your browser does not support the audio element. </audio> </div> <div class="japao-slider image-slider"> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/japao/00.jpg" alt="Pretinho do Japão" /></div> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/japao/01.jpg" alt="Pretinho do Japão" /></div> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/japao/02.jpg" alt="Pretinho do Japão" /></div> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/japao/03.jpg" alt="Pretinho do Japão" /></div> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/japao/04.jpg" alt="Pretinho do Japão" /></div> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/japao/05.jpg" alt="Pretinho do Japão" /></div> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/japao/06.jpg" alt="Pretinho do Japão" /></div> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/japao/07.jpg" alt="Pretinho do Japão" /></div> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/japao/08.jpg" alt="Pretinho do Japão" /></div> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/japao/09.jpg" alt="Pretinho do Japão" /></div> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/japao/10.jpg" alt="Pretinho do Japão" /></div> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/japao/11.jpg" alt="Pretinho do Japão" /></div> <div><img data-lazy="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/japao/12.jpg" alt="Pretinho do Japão" /></div> </div> <div class="info-shop"> <div class="info-shop-text"> <p>Na porta 496A da Rua do Bonjardim está uma mercearia cheia de surpresas no interior. Existe desde 1947 e foi sempre conhecida pela qualidade do café e do bacalhau, mas foi renovada pelos novos proprietários em 2014.</p> <p>Agora, além de terem alargado o leque de produtos, ao especializarem-se em chás, frutos secos e enlatados, também aumentaram o espaço. Nas traseiras do estabelecimento foi construída uma esplanada com bar.</p> <p>Os clientes portuenses têm muita influência no negócio, mais do que os turistas. Há clientes que vão ao “Pretinho do Japão” diariamente e compram, conversam e desabafam com os empregados.</p> <p>O turismo também é importante, embora os turistas de hoje em dia “sejam tipo enguias” porque “vêm, vão e voltam”. Por causa dos voos low cost o volume de bagagem é curto e acabam por comprar pouco.</p> </div> </div> </div> </article> <article id="introducao"> <a href="#" class="cd-nav-trigger">Menu<span></span></a> <a href="#mapa" class="cd-nav-map">Menu<span></span></a> <div class="content-container"> <div class="intro-content"> <h2 id="introartigo">INTRODUÇÃO </h2> <p>Em cada esquina da cidade do Porto encontramos um pouco de tradição. Ela está na calçada antiga, na fachada dos edifícios e nas histórias de quem ali vive e trabalha. </p> <p>O Porto é uma cidade de comerciantes e alguns deles dedicam-se há muitos anos a manter a tal tradição dentro de portas. Outros são mais novatos no ramo e, por isso, esforçam-se por manter o tradicional ao mesmo tempo que lhe adicionam uma pitada de modernidade e inovação. </p> <p>É ver as casas de enchidos, dos queijos, as mercearias, as camisarias, os sapateiros, os alfarrabistas, as casas de parafusos, maçanetas e todas as ferramentas e utensílios cujos nomes já quase ninguém conhece.</p> <p>No Porto, já foram muitas mais as casas de comércio tradicional, mas também não faltam exemplos de sobrevivência. Alguns constam deste trabalho. Na escolha - e difícil foi escolher! - cingimo-nos ao centro e procuramos alguma diversidade de negócios. </p> <h2 id="novarealidade">DÉCADA DE MUDANÇA </h2> <p>"Os últimos dez anos foram dez anos de muita transformação do ponto de vista económico e do ponto de vista legislativo", refere <strong>Nuno Camilo, presidente da Associação de Comerciantes do Porto</strong> (ACP). </p> <img src="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/artigo/nunocamilo.jpg" alt="Nuno Camilo" /> <p> As transformações foram a vários níveis e as adaptações necessárias também. Segundo Nuno Camilo, para além das alterações nos âmbitos económico e legislativo, houve ainda <strong>mudanças significativas nos hábitos do consumidor</strong>, já que há dez ou 15 anos "andávamos todos à superfície", refere o presidente da ACP. </p> <p>Hoje, o consumidor portuense troca o autocarro, as camionetas e os táxis pelo metro e isso fez com que <strong>"o comércio por impulso", em algumas zonas, tenha deixado de existir</strong>. "Agora não têm essa tentação porque no metro as únicas coisas que se veem são as publicidades nas estações e o nome das estações, portanto não há esta compra por impulso", acrescenta Nuno Camilo. </p> <p> Ao nível dos negócios, o também vice-presidente da confederação do comércio e serviços de Portugal, explica que se antes o transporte de mercadorias de bens e serviços só obrigava a guias de transporte manuais, agora as guias de transporte são eletrónicas. Nesse processo de mudança, se "havia empresas que se calhar não tinham computador, passaram a ter que adquirir computador, licenças para utilizar o software e o hardware, portanto tudo isto foram camadas de custos que foram imputados às empresas", refere. A par disso, está a certificação da faturação que obrigou as empresas mais antigas a adquirir software, hardware e a dar formação aos colaboradores, o que acrescentou mais custos. Na mudança, alguns ficaram pelo caminho.</p> <p>Outra alteração que atingiu o comércio tradicional, de forma muitas vezes fatal, foi a nova Lei do Arrendamento. </p> <h2 id="novasrendas">AS NOVAS RENDAS </h2> <p>Segundo Nuno Camilo, a Lei do Arrendamento "esteve estagnada no tempo, cristalizou", tendo sido alterada no governo de Pedro Passos Coelho, o que, na opinião do presidente, foi uma "revolução". </p> <p>"O que aconteceu na verdade é que <strong>o legislador quis fazer uma revolução</strong> mas esqueceu-se que a revolução tem que ter alguma sustentabilidade em termos de tempo e em termos económicos", considerou o responsável. </p> <p>Nuno Camilo explica ao JPN que alguns negócios com rendas muito baixas, porque tinham contratos do tempo vinculístico, de um momento para o outro viram essa despesa subir "vertiginosamente". Tal medida representou uma dificuldade para empresas com uma "estrutura de custos estável". Nuno Camilo sublinha que houve um conjunto de empresas que fecharam atividade por causa do aumento das rendas.</p> <p>"Quando falamos de um setor destes, temos que perceber quais as consequências que as alterações legislativas têm. Isto é como eu jogar xadrez: se eu mexer a rainha, a rainha vai afetar alguma coisa no jogo do meu adversário. E o que aconteceu aqui foi que <strong>o legislador não teve a capacidade de perceber qual era o impacto desta medida"</strong>, diz o presidente da Associação de Comerciantes do Porto. </p> <p>Despediram-se funcionários aos quais se tiveram de atribuir indemnizações. Houve empresas que receberam cartas de despejo - porque o proprietário queria fazer obras ou aumentar a renda - e nas situações em que não conseguiram chegar a acordo, fecharam a atividade e viram-se obrigadas a indemnizar os trabalhadores com valores incomportáveis para muitos, explica Nuno Camilo. "Havia empresas em que a indemnização que iam receber do senhorio para irem embora não dava para pagar a um colaborador", acrescenta. </p> <p>Nuno Camilo refere que, enquanto Associação de Comerciantes do Porto, a instituição <strong>defende um regime de arrendamento comercial completamente autónomo</strong>, capaz de regular as relações entre o comerciante e o seu proprietário do imóvel e dar garantias aos investidores. </p> <p>"Quando falamos em proteger o património imaterial e material das lojas, vulgo lojas históricas, nós não o conseguimos fazer de uma forma justa porque não temos nenhum mecanismo legal que possa regular e acima de tudo quantificar o valor patrimonial material e imaterial dessas lojas", entende o presidente da ACP. Segundo o dirigente, atualmente existem lojas no Porto que pagam 3 mil euros de renda por 100 metros quadrados. </p> <p>"E agora nós vamos dividir estes 3 mil euros por cada metro quadrado e dizemos assim: <strong>"nem o McDonald’s paga isto no centro de Nova Iorque"</strong>. Parece brincadeira, mas é assim. Face ao regime que temos, se não tivermos rapidamente uma alteração substantiva da legislação, vamos continuar a estrangular as empresas", alerta Nuno Camilo. </p> <p>Segundo o presidente da Associação de Comerciantes, não é "aprazível" as empresas terem muitos custos voláteis" e que sendo o setor de atividade que emprega mais trabalhadores e que não teve grandes oscilações com o desemprego - "enquanto nós tivemos no setor da indústria taxas de emprego superiores a 15, 20% no setor do comércio não tivemos" -, o Governo e o poder legislativo deviam estar um "bocadinho mais atentos e [serem] mais cuidadosos" em relação a estes assuntos.. "Nós, de uma vez por todas, temos que perceber que <strong>o setor do comércio em Portugal emprega nada mais nada menos que aproximadamente 700 mil pessoas</strong>. Portanto, não estamos a falar de um setor qualquer, estamos a falar do maior setor em termos de contribuição para a segurança social", sublinha Nuno Camilo. </p> <p>Nuno Camilo alerta que, ao contrário do setor do turismo que cresce por si, o <strong>setor do comércio precisa de mais incentivo</strong> e que a regulação é uma necessidade real. </p> <p>"Regular no sentido de criar aqui algum equilíbrio. Incentivar a abertura de empresas do setor do comércio e não apoiar o investimento no turismo porque ele está a crescer organicamente, por si, enquanto o comércio tem aqui alguma dificuldade. E vemos hoje lojas na cidade do Porto em que as rendas subiram consideravelmente e, para ocupar esse espaço, <strong>só a restauração é que tem margens de lucro capaz de conseguir fazer face a esse tipo de arrendamento</strong> no que diz respeito ao seu volume de negócios", refere o presidente.</p> <p>António Frias, presidente da Associação Nacional de Proprietários acredita que a crise do comércio tradicional se deve a "fatores sociais e económicos". "Portugal foi invadido por grandes cadeias de distribuição internacionais a que realmente nós não conseguimos resistir".</p> <p>A crise das lojas mais tradicionais, que foram fechando um pouco por toda a cidade, deve-se "à lei da oferta e da procura". Para o presidente, as dificuldades que estes negócios enfrentam <strong>"não têm nada a ver com as leis das rendas"</strong>. </p> <h2 id="portasfecharam">AS PORTAS QUE FECHARAM</h2> <p>O fecho de muitas casas de comércio tradicional não se prendeu apenas com as transformações ou mudanças que este setor sofreu. Nuno Camilo indica que muitas casas fecharam porque, apesar de rentáveis, <strong>não tinham sucessores</strong>. Em certos casos, os filhos foram estudar para fora ou tiraram o curso numa área distinta do negócio da família ou simplesmente não quiseram seguir a atividade do comércio. </p> <p>Outras "não foram capazes de ter uma lista de clientes com SMS, ter e-mails, de ter um atendimento personalizado, um produto que fosse suficientemente apelativo", refere Nuno Camilo. </p> <p>Na opinião do dirigente, há lojas que se conseguem manter apenas, "como o aluno mediano, nunca passa de 10, safa-se, mas não é o aluno brilhante que teve 14, 15 ou 16. Claro que <strong>há muitas empresas no Porto que têm uma lógica de sobrevivência</strong>, infelizmente, não deram o salto, não tiveram a visão estratégica de conseguir subir e conseguir ir para mercados novos."</p> <p>O dirigente alerta que atualmente no Porto existe <strong>um conjunto de novas empresas</strong> que abriram e que essas estão a "puxar aquelas que já estavam no mercado para, acima de tudo, darem o seu salto em termos de qualidade". </p> <p>Através da constante resposta às necessidades do mercado ou da capacidade de inovação, existem lojas que sobrevivem e que continuam a lutar contra o tempo. Mas nem todas da mesma forma. </p> <p>A tradição de alguns negócios torna-os uma forte referência na cidade e, consequentemente, "têm o seu segmento, a sua referência", diz Nuno Camilo. Para Nuno Camilo, no caso do comércio tradicional fora da baixa do Porto, este "tem respondido às necessidades, porque <strong>há um conjunto de lojas que estão a abrir fora do Porto centro</strong>". </p> <p>O presidente não deixa de admitir que existe um "foco de pressão" no centro, que se verifica, por exemplo, pelo custo dos arrendamentos, mas que se começam a criar "centralidades novas". </p> <h2 id="tendencia">TENDÊNCIA ATUAL</h2> <p>Depois de uns anos "cinzentos" para a cidade, com empresas fechadas e ruas abandonadas, <strong>o Porto "conseguiu reinventar-se"</strong>. Com o turismo a "abrir uma nova janela de oportunidade", o número de postos de trabalho subiu, e com ele cresceu o número de filiados da Associação de Comerciantes. </p> <p>Do Airbnb aos Tuc-tuc, do alojamento local à restauração, as novas realidades criadas no setor trouxeram com elas mais postos de trabalho e, consequentemente, maior poder de compra na cidade, na opinião de Nuno Camilo. <strong>"Houve um conjunto de pessoas que antes não tinham atividade e que passaram a ter ocupação"</strong>, acrescenta. </p> <p>A Invicta tem agora "um pulmão forte de um jovem", apesar de ainda ter muita margem para crescer. Nuno Camilo dá um exemplo: <strong>o turismo da saúde</strong>. Na opinião do presidente, o reconhecimento internacional na área da medicina coloca o Porto em vantagem face a alternativas no estrangeiro, colocando-se uma oportunidade de alcançar ainda mais visibilidade. </p> <p>O segredo está em "partilhar sinergias com as outras regiões", tornando possível fazer do turismo um "património mundial". </p> <h2 id="ofuturo">O FUTURO</h2> <p>Nuno Camilo considera que a cidade do Porto "só tem sinais positivos e de esperança" para o comércio tradicional, no entanto, admite que do ponto de vista económico os <strong>problemas estruturais ainda continuam a existir</strong>. </p> <p>"O setor do comércio tem uma particularidade muito grande: consegue adaptar-se uma vez que as empresas muitas vezes são familiares, consegue adaptar-se à realidade. Nas empresas familiares não há obrigatoriedade de chegar ao fim do mês e pagar os vencimentos na totalidade. Consegue-se dizer ao filho, à nora, a um funcionário que já trabalha lá há 20 anos ‘eu vou-me atrasar dois dias ou três, mas toma lá algum adiantado’". Isto é um misto de fraqueza, do ponto de vista económico das empresas, mas do ponto de vista da sua sobrevivência é uma força porque faz com que elas consigam estas subidas e descidas do mercado", explica Nuno Camilo. O presidente da Associação de Comerciantes do Porto acredita que hoje as pessoas voltaram a ter o hábito de fazer compras no Porto e que a cidade vai continuar a crescer. </p> <h2 id="portotradicao">PORTO DE TRADIÇÃO</h2> <p>Tal como acontece em Lisboa, o Porto passou, a partir deste ano, a ter um programa que tem por objetivo proteger <strong>"estabelecimentos históricos que sofrem com a pressão turística</strong> e a própria pressão da cidade", como explicou ao JPN o vereador Manuel Aranha, que tutela justamente as duas pastas: Comércio e Turismo. </p> <img src="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/artigo/manuelaranha.jpg" alt="Manuel Aranha" /> <p>Numa fase inicial, a autarquia criou um grupo de trabalho multidisciplinar com a missão de definir e identificar critérios de seleção dos estabelecimentos. Foram consideradas nessa fase somente lojas com mais de 50 anos e contemplados um total de 83 estabelecimentos. </p> <p>Desse primeiro lote já são conhecidas as primeiras 37 lojas escolhidas para receberem o selo do <strong>"Porto com Tradição"</strong> - das excluídas houve algumas que o foram por não apresentaram documentação outras que preferiram não entrar no programa.</p> <p>O programa está <strong>em discussão pública</strong> até agosto, tendo em vista a receção de contribuições da sociedade civil e de outros interessados, para depois se proceder à elaboração do regulamento final, o qual ainda será votado pelo Executivo Camarário. Depois de aprovado esse regulamento, todas as lojas da cidade que considerem reunir as condições definidas pelo regulamento, podem candidatar-se ao programa.</p> <p>O principal benefício de integrar o "Porto com Tradição" para estas lojas passa pela divulgação dos estabelecimentos. "A palavra tem muito poder naquilo que é a reação das pessoas a certos fenómenos", garante o vereador.</p> <p>As <strong>37 lojas contempladas</strong> nesta primeira fase foram: A Favorita do Bolhão, A Sementeira, Alcino Ourives, Arcádia, Armazém dos Linhos, Armazém Cunha, Bazar Paris, Bernardino Francisco Guimarães, Café Guarany, Café Piolho, Casa Aleixo, Casa Alvão, Casa Coração de Jesus, Casa Crocodilo, Casa dos Forros, Casa Hortícola, Casa Januário, Drogaria Louzada, Escovaria de Belomonte, Farmácia Lemos, Farmácia Vitália, Livraria Académica, Livraria Lello, LMR Lda - Fábrica das Velas, London Style, Machado Joalheiros, Majestic Café, Mármores e Granitos Felisberto, Marmorista Indusrial, O Cafézeiro, Ourivesaria Coutinho, Ourivesaria Eduardo Carneiro, Ourivesaria Luís Ferreira, Padaria Ribeiro, Papelaria Modelo, Restaurante Regaleira e Vidraria Fonseca.</p> </div> <div class="intro-nav-menu"> <h3>Índice</h3> <ul> <li><a href="#introducao" id="introartigo-but" title="Saber mais"><span class="cd-nav-title">Introdução</span></a></li> <li><a href="#introducao" id="novarealidade-but" title="Saber mais"><span class="cd-nav-title">Década de mudança</span></a></li> <li><a href="#introducao" id="novasrendas-but" title="Saber mais"><span class="cd-nav-title">As novas rendas</span></a></li> <li><a href="#introducao" id="portasfecharam-but" title="Saber mais"><span class="cd-nav-title">As portas que fecharam</span></a></li> <li><a href="#introducao" id="tendencia-but" title="Saber mais"><span class="cd-nav-title">Tendência actual</span></a></li> <li><a href="#introducao" id="ofuturo-but" title="Saber mais"><span class="cd-nav-title">O futuro do tradicional</span></a></li> <li><a href="#introducao" id="portotradicao-but" title="Saber mais"><span class="cd-nav-title">Porto de tradição</span></a></li> </ul> <ul class="backtotop"> <li><a href="#introducao" id="topoartigo-but" title="Voltar ao topo"><span class="cd-nav-title">Voltar ao topo</span></a></li> </ul> </div> </div> <br class="clear" /> </article> <article id="creditos"> <a href="#" class="cd-nav-trigger">Menu<span></span></a> <div class="creditos-content"> <h2>Créditos</h2> <h3>Reportagem</h3> <p>Beatriz Carneiro <br /> Teresa Cunha Pinto <br /> Inês Viana <br /> Mariana Calisto <br /> Vanda Pinto</p> <h3>Produção Multimédia</h3> <p>Pedro Candeias <br />Ana Reis</p> <h3>Coordenação Editorial</h3> <p>Filipa Silva <br /> Rita Neves Costa</p> <h3>Coordenação Geral</h3> <p>Isabel Reis</p> <h3>Apoio</h3> <p> <img src="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/logo_mil.png" alt="U.Porto Media Innovation Labs" /> </p> </div> </article> </div>  <nav class="cd-nav-container"> <header> <h3>Conhecer as lojas</h3> <a href="#0" class="cd-close-nav">Fechar</a> </header> <ul class="cd-nav"> <li data-menu="japao"> <a id="japaoBut" class="nav-menu-triggers" href="#panos"> <span class="cd-nav-title">Pretinho do Japão</span> </a> </li> <li data-menu="januario"> <a id="januarioBut" class="nav-menu-triggers" href="#panos"> <span class="cd-nav-title">Casa Januário</span> </a> </li> <li data-menu="escovaria"> <a id="escovariaBut" class="nav-menu-triggers" href="#panos"> <span class="cd-nav-title">Escovaria de Belomonte</span> </a> </li> <li data-menu="perola"> <a id="perolaBut" class="nav-menu-triggers" href="#panos"> <span class="cd-nav-title">Pérola do Bolhão</span> </a> </li> <li data-menu="comer"> <a id="comerBut" class="nav-menu-triggers" href="#panos"> <span class="cd-nav-title">Comer e chorar por mais</span> </a> </li> <li data-menu="ferragens"> <a id="ferragensBut" class="nav-menu-triggers" href="#panos"> <span class="cd-nav-title">Ferragens Rocha & Leitão</span> </a> </li> <li data-menu="camisaria"> <a id="camisariaBut" class="nav-menu-triggers" href="#panos"> <span class="cd-nav-title">Camisaria Porto</span> </a> </li> <li data-menu="horticola"> <a id="horticolaBut" class="nav-menu-triggers" href="#panos"> <span class="cd-nav-title">Casa Hortícola</span> </a> </li> <li data-menu="academica"> <a id="academicaBut" class="nav-menu-triggers" href="#panos"> <span class="cd-nav-title">Livraria Académica</span> </a> </li> <li data-menu="crocodilo"> <a id="crocodiloBut" class="nav-menu-triggers" href="#panos"> <span class="cd-nav-title">Casa Crocodilo</span> </a> </li> </ul> <header> <h3>Saber mais</h3> </header> <ul class="cd-nav"> <li><a class="nav-menu-triggers" href="#introducao" title="Saber mais"><span class="cd-nav-title">Razões do declínio e perspetivas de mudança</span></a></li> </ul> <header> <h3>Voltar</h3> </header> <ul class="cd-nav"> <li><a class="nav-menu-triggers" href="#" title="Início"><span class="cd-nav-title">Início</span></a></li> <li><a class="nav-menu-triggers" href="#mapa" title="Mapa"><span class="cd-nav-title">Mapa</span></a></li> </ul> <div class="extras"> <a class="nav-menu-triggers nav-footer-logo" href="https://jpn.up.pt/" title="JornalismoPortoNet"><img src="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/images/logo_jpn_rodape_not_comp.png" alt="JornalismoPortoNet" /></a> / <a class="nav-menu-triggers credits-link" href="#creditos">Créditos</a> </div> </nav>  <footer id="footer"> <p class="copyright">© JPN, U.Porto 2017</p> </footer> </div>   <div id="bg"></div> <div id="pano"></div>  <script src="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/assets/pano/js/es5-shim.js"></script> <script src="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/assets/pano/js/eventShim.js"></script> <script src="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/assets/pano/js/requestAnimationFrame.js"></script> <script src="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/assets/pano/js/marzipano.js"></script> <script src="https://jpn.up.pt/especiais/o-comercio-tradicional-por-dentro/assets/pano/js/DeviceOrientationControlMethod.js"></script> <script 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